Por - Gilberto L. Tomasi
É notório, que o clima de natal já começa a tomar conta na vida das pessoas, começamos a presenciar atos de comemorações, festividades e principalmente assistimos o comércio abundante em torno da data em grande ebulição. Não sou muito adepto a trocas de presentes e abraços somente nestas ocasiões, mas, não sou eu quem vai estragar a festa , pois ela existe e faz parte das nossas necessidades, até porque, há quem só lembre dos seus semelhantes somente nestas ocasiões.
Para a maioria, natal é sinônimo de família, de união, de aproximação das pessoas, dando a idéia de que no final das contas tudo se realizou de forma perfeita durante o ano que está terminando. Todos se deixam contagiar pelo clima natalino, abraços, afagos, lágrimas e, é claro, os presentes, além da mesa farta.
No entanto, infelizmente é bom lembrarmos que em relação à família, ainda existem dois conceitos: A minha família e a tua família, e que cada um se reúna, ou melhor, festeje e celebre o natal com a sua.
Esquecemos, de fazer uma reflexão sobre os 365 dias passados, esquecemos que pode ter faltado abraços de solidariedade naqueles momentos de derrotas, de tristezas, de fracassos, de perdas, sim, porque também nestas ocasiões deveríamos agir como se fosse natal, também deveríamos nos abraçar quando as dificuldades aparecessem.
Mas, nos deixamos envolver pela correria, pela compra dos presentes, pelas festividades natalinas, pela agitação que anuncia mais um final de ano, como se isso resolvesse todos os nossos problemas, e que a partir de 01 de janeiro será vida nova. Esquecemos que essas festividades são apenas uma convenção humana, pois para o espírito isto não tem valor nenhum.
Mas, voltemos ao natal. É preciso que tenhamos mais consciência, que não nos deixemos levar simplesmente como pedras que, no rio, são carregadas pela correnteza da água, como diz o ditado.
É necessário programar nosso tempo, nossa vida, pensar bem no que precisa ser feito e na maneira de como fazer, para quando chegar o natal, essa comemoração possa ser um pouco mais real e sincera. Devemos pensar no significado que essa convenção representa e, o que representam aquelas pessoas que nos rodeiam durante a ceia, o que elas significam para nós, o que desejamos para elas.
A sociedade impôs o hábito da troca de presentes nesta ocasião, como se isto fosse de fato resolver e apagar todas as diferenças existentes. Porque não transformar a noite de celebração do natal em algo mais do que uma mesa farta e uma simples troca de presentes, de gentilezas, as vezes falsas, em algo que realmente acrescente o verdadeiro espírito natalino.
Não deixemos que o natal tenha apenas um significado meramente comercial e ilusório em relação à família, pensemos um pouco mais no personagem principal que representa esta data, aquele que deveria nortear nossos passos, para chegarmos na noite de natal carregados de sentimentos nobres e fraternos, com presentes, sim, mas principalmente com amor no coração para dar aqueles que formam nossa família. Isto, para ficar somente na família de sangue, pois ao contrário, seria divagar na utopia.
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