segunda-feira, 13 de junho de 2011

Dificuldades de relacionamento




Por - Gilberto L. Tomasi
  Quem já não enfrentou um desgastante relacionamento  afetivo ?  Irmãos que não se aguentam, pais e filhos que não se suportam, casais que não se entendem, movidos pela insegurança, desconfiança, etc., ou então, dificuldades de ordem profissional onde colegas de profissão que se degladiam, um puxando o “tapete” do outro, dificuldades de inter-relação entre vizinhos.
Como agir numa situação de dificuldades ? Podería-se dizer que existem três hipóteses:
1)Ficar completamente  alienado e, viver em função daquilo que os outros querem ou pensam,evitando assim discussões desnecessárias. 2) Não dar ouvidos e continuar agindo e vivendo normalmente. 3) Procurar viver sua vida sozinho, isolado. Qual dessas é a melhor solução é algo muito subjetivo, pois cada qual sabe o que é melhor para si. No entanto, o que não pode e nem deve acontecer é o desgaste emocional, psicológico e espiritual causado em função de uma dificuldade, de um  desajuste ou de uma insegurança qualquer que seja, no que diz respeito ao bom relacionamento. O ser humano é, de regra, um censor muito severo. Exige uma postura amistosa (sua ou do outro) em várias relações, pois, do contrário, se julga incapaz de conquistar alguém ou ser essa pessoa conquistada em qualquer situação de relacionamento.
  Infelizmente, vivemos  em um mundo onde reina a lei da compensação, ou seja, só fazer se o outro também  fizer, ou então, não se faz e outro também não deve fazer, como tendo o direito da interferência na vida do semelhante só porque não se relaciona bem com nele.
Podería-se também ser dita como a lei do egoísmo. E, essa situação de dificuldade na inter-relação, causada  pela insegurança, que gera a desconfiança, faz com que não se tenha o direito de agir,conviver, conversar ou se dirigir a quem quer que seja se não for da maneira como  nós ou o outro quer.    Querendo ou não, não se pode viver isoladamente, e nessa necessidade de convívio, quer seja no lar, no trabalho, na escola, e na sociedade de forma geral, estamos sempre  em contato com as mais diversas pessoas, sem que no entanto, isso venha a se a caracterizar uma forma errada de condutas nas inter-relações pessoais.          
   O que leva à dificuldade de relacionamento, é o exclusivismo, o egoísmo, o orgulho e seus derivados. Até porque, sendo o homem um ser gregário, ele necessita viver em bando.
  É lógico que não se pode  e nem se deve  agir  de forma não condizente com os bons costumes e à lei e com o devido respeito aos outros, por outro lado, é impossível a falta do convívio, seja ele como for, com as pessoas que estão ao nosso redor nas mais diversas situações. Uma coisa é diferente da outra, até porque, pela convivência sabe-se realmente quem age desta ou daquela maneira.
  O que se esquece, diga-se, porque é mais cômodo, é que aquilo que se vê de errado no outro, geralmente é algo que está errado naquele que assim age, apenas procura-se fazer uma transferência, agindo como acusado. Essa situação de controle absoluto que se procura impor aos outros, em função da dificuldade de bem se relacionar, de inseguranças  e medos, mesmo que o outro aceite, acaba gerando uma outra situação, ou seja, o desgaste na relação em função do isolamento de uma das partes.
  As pessoas têm limites, logo, os pensamentos devem ser analisados e, no cotidiano, não se deve fazer julgamentos sem o devido conhecimento da situação.
  Não se pode julgar nem tampouco generalizar, achando que todos são iguais. Mesmo que haja a necessidade de se conviver com alguém que não mereça respeito, não significa que todos os envolvidos sejam colocados na mesma condição, pois, se faz aquilo que se quer fazer, não importando com quem esteja. Isso se chama livre-arbítrio.

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