sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Obsessão de encarnado para encarnado – Como ocorre?

Por - Joilson José Gonçalves Mendes

Em o Livro dos Médiuns, itens 237 a 254, Allan Kardec trata dos tipos de obsessão que são:
Obsessão simples: quando um espírito malfazejo procura de todas as formas interferir na vida do médium, procurando enganá-lo de qualquer maneira.
Fascinação: apresenta consequências mais graves, uma vez que o espírito obsessor cria uma ilusão na mente do médium, fazendo com que o mesmo perca, parcialmente, a sua capacidade de julgar as comunicações.
Subjugação: produz a paralisação da vontade da vítima, o espírito obsessor tem a capacidade de fazer com que a pessoa passe a agir de maneira ridícula na presença de outras pessoas. Passa a ser praticamente um fantoche nas mãos do obsessor.
Para maiores esclarecimentos a respeito do assunto sugiro que estudem a referência supracidata. Sabemos que existe a obsessão de desencarnado para desencarnado, de desencarnado para encarnado, de encarnado para desencarnado e de encarnado para encarnado. É sobre este último tipo que iremos discorrer alguns comentários.
O que seria uma obsessão de encarnado para encarnado?
Podemos incluir aqui as invejas, sentimentos de mágoa, raiva, ódio, rancor, vingança, desejar o mal a outra pessoa, esses sentimentos que são próprios das almas sem elevação nem grandeza, como nos esclarece Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. X, item 4.
Mas como podem estes sentimentos se enquadrarem como um processo obsessivo?
Em Mecanismos da Mediunidade, Cap IV, MATÉRIA MENTAL - itens Matéria Mental e Matéria Física; Indução Mental; e Formas Pensamentos, o espírito André Luiz dá explicações sobre a força mental que possuímos e que, naturalmente desperdiçamos devido à preguiça mental que ainda é pujante no ser humano. Recomendo a leitura desse capítulo.
Muito já foi escrito, falado e pesquisado sobre a força do pensamento, também disseminado nos livros de auto ajuda. E se nossos pensamentos interferem em nossa saúde física e mental, após a leitura do capítulo acima mencionado, chegarão à conclusão de que nossos pensamentos podem interferir na vida daqueles que nos cercam.
Apenas para citar um exemplo, a época em que estava na Faculdade de Parapsicologia, realizamos um experimento de Telepatia, que consistia em uma determinada pessoa (emissor) transmitir, mentalmente, a imagem de um vampiro para outra pessoa (receptor), que estava em sala distinta e não sabia qual seria a imagem a ser transmitida, pois tudo era selecionado no momento do experimento. O experimento que deveria durar 20 minutos, não passou de 5 minutos. O receptor, que estava na outra sala começou a passar mal e foi preciso encerrar os trabalhos. Após a pessoa (receptor) ter se reestabelecido, foram mostradas a ela, 4 imagens diferentes e dentre elas estava a do vampiro. Quando olhou para imagem em questão, não teve dúvidas e apontou aquela como sendo a imagem do experimento, o que estava correto. Ao perguntarmos para o emissor o que ele tentou transmitir para o receptor, comentou que lembrou de tudo quanto foi filme de terror que havia assistido.
Este singelo experimento vem demonstrar que temos a capacidade de influenciar, pela ação do pensamento, o estado de ânimo de uma pessoa, seja de forma positiva ou negativa, para o bem ou para o mal, o que evidencia a obsessão de encarnado para encarnado.
Outra explicação sobre como ocorre o processo obsessivo de encarnado para encarnado está na Física Quântica, o chamado Emaranhamento/Entrelaçamento Quântico. Este experimento mostrou que duas ou mais partículas ao se correlacionarem, permanecerão ligadas, independente da distância que se encontram. Sempre que uma das partículas for alterada a outra imediatamente reagirá à alteração, podendo estar a um metro de distância ou a milhões de quilômetros no espaço.
Determinado pesquisador (sujeito 1) preparou um boneco de si mesmo, para representá-lo e solicitou que outro pesquisador (sujeito 2) levasse o boneco para uma sala eletromagneticamente protegida. O sujeito 1 permaneceu na sala ligado a aparelhos que pudessem medir alterações no sistema nervoso autônomo. Quando o sujeito 2 passava a mão pela face, ombros e cabelos do boneco, enviando pensamentos de cura, o sujeito 1 sentia os efeitos, pois os aparelhos acusavam as alterações. O boneco e o sujeito 1 estavam entrelaçados. Este experimento também explica a magia africana conhecida como VODU, em que alguém procura o feiticeiro para fazer mal a outrem, utilizando bonecos e alfinetes. Isto é obsessão de encarnado para encarnado.
Muitos experimentos foram realizados por físicos, PhD, pessoas preocupadas com a explicação científica dos fatos, no sentido de demonstrar a influência do pensamento sobre nós e sobre os outros, todos com resultados positivos. Hoje, vemos a Física Quântica esclarecer o que no passado era tido como algo sobrenatural.
Vários pesquisadores estão estudando a influência do CAMPO em nossas vidas, dizem que todos nós estamos interligados por Campos de Energia, que são denominados das mais diversas formas: Campos Morfogenéticos, Vácuo Quântico, Teida da Vida, Matriz Divina, Universo Holográfico, etc. Demonstrando que fazemos parte de um TODO, que nós religiosos o chamamos de Deus.
Talvez tenha sido isto que Jesus quis explicar ao dizer: “Todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes”. (Mt 25, 40)
Uma vez que somos todos filhos do mesmo Pai, estamos entrelaçados desde o princípio da criação. Ao fazermos algo que prejudique o nosso semelhante é a nós mesmos que estamos prejudicando. Foi por esta razão que o Cristo tanto falou sobre a importância de aprendermos a perdoar e esquecer as faltas que nos cometem.
Os processos obsessivos continuarão a existir enquanto os seres humanos não compreenderem as leis universais que, por mais que já tenham sido ditas pelos filósofos e profetas, aos poucos estão sendo reveladas pela ciência. O maior exemplo que podemos citar é quando de braços abertos no madeiro disse: "Pai, perdoai-os porque eles não sabem o que fazem." Lucas 23:34


Referêncial Bibliográfico
Kardec, Allan. O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, itens 237 a 254.
Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap X, item 4.
Xavier, Francisco Candido. Mecanismos da mediunidade – Pelo espírito André Luiz.
Couto, Helio. Ressonância Harmônica – Você cria a sua própria realidade.

http://www.heliocouto.com/#!cursodemecanicaquantica/c1mh0 - Acessado em 1º Nov 13

7 comentários:

  1. Excelente artigo, Joílson. Especialmente no que se refere à Física Quântica. A questão do entrelaçamento quântico sempre me atraiu, especialmente por sua relação com o Espiritismo. Alguns livros do Chico e André Luiz já falam neste tipo de influenciação do campo espiritual através dos pensamentos, e o alicerce científico da Mecânica Quântica só faz corroborar a tese. Aliás, Física Quântica e Espiritismo possuem uma relação enorme, e que vale a pena estudar. Grande pesquisa e trabalho, querido. Parabéns. Abraços. Gustavo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Gustavo, obrigado pelo comentário. Realmente a Física Quântica apresenta um paralelo com o Espiritismo que chega a assustar, ainda estou engatinhando neste terreno, mas já observei alguns pontos que, se for falado aos mais "ortodoxos", podem achar que estou em um processo "obsessivo" kkkkk Abraço.

      Excluir
  2. Como ajudar uma pessoa com vampirismo? Tem cura?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá! Tem cura sim. Será necessário um certo esforço por parte da pessoa e familiares, esse esforço consiste em procurar um centro espírita que realize trabalhos de desobsessão. Frequentar o centro, estudar, ouvir palestras, receber o passe, tomar água fluidificada, realizar o culto do evangelho no lar e o que considero principal, o trabalho de autoconhecimento, também conhecido como reforma íntima. De um modo geral é isso. Encontre e comece a frequentar um centro o quanto antes. Muita Paz.

      Excluir
  3. Boa tarde Sr. Joilson, belo trabalho, tenho uma curiosidade, pois quando falamos de obsessão de encarnados para encarnados pensamos sempre em alguem fazendo o mal, mas me ocorre que esse tipo de obsessão se dá entre familiares, parentes que se amam se querem bem mas tem uma superproteção e atua sobre sua vida direto interferindo nas suas particularidades seus gostos, ficando assim muito ligados, estou certo no meu raciocino? Obrigado e grande abraço

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Wilson Leite! Você está certíssimo. Este é também um tipo de obsessão pouco discutido, inclusive nas casas espíritas. Eu diria que esse é um amor enfermo, uma vez que prendemos a pessoa ao invés de libertá-la, quando em verdade, o amor é algo libertador. O difícil é fazer com que as pessoas percebam isso. Gratidão pelo seu comentário. Abraço. Muita Paz.

      Excluir

Deixe aqui seu comentário