Por - Gilberto L. Tomasi
Na questão 321 de O Livro dos Espíritos, quando perguntado aos mesmos se o dia da comemoração dos mortos, é para eles mais solene do que os outros dias, e se é prazeroso eles irem ao encontro dos que vão orar em cemitérios sobre seus túmulos, eles respondem: “Os espíritos acodem nesse dias ao chamado dos que da Terra dirigem seus pensamentos, como o fazem noutro dia qualquer”.
O espiritismo não defende este ou a aquele procedimento, até porque é ou procura ser isenta de paradigmas, sendo sua função principal o esclarecimento a cerca da existência, quer seja no mundo material ou espiritual.
Portanto, o dia de finados em síntese, não significa nada para os espíritos e, se eles se dirigem aos cemitérios nesta data, em maior número, é porque lá é maior o número de pessoas que lhes chamam pelo pensamento. Mas, eles mesmos nos dizem que cada espírito vai lá somente pelos seus parentes e amigos e não pela multidão dos indiferentes. Importante notar, que nesse dia e nesses locais os espíritos comparecem com a forma que tinham quando encarnados.
Costuma-se dizer, entre os não espíritas, que quando um determinado túmulo encontra-se abandonado, sem visitação, sem flores ou velas acesas, em especial no dia de finados, que seus parentes e amigos os esqueceram. Na verdade, sabemos que para o espírito desencarnado a Terra não tem mais a mínima importância, haja vista, que os encarnados só se sentem presos a eles pela lembrança, portanto, se aqui ninguém mais, nesse ou outro dia qualquer lhe tem lembranças ou lhe devota alguma afeição, nada mais lhe prende a esse Planeta pois ele tem para si o Universo todo.
A visitação serve apenas para exteriorizar um ato de caráter íntimo, sendo que o mais importante é a prece que se faz neste momento para rememorar os que desencarnaram, não importando o local, desde que a oração seja feita com o coração.
Existem verdadeiros monumentos e estátuas erguidas em homenagem à alguns desencarnados, sem que haja, entretanto, qualquer tipo de prazer para esses espíritos homenageados, principalmente sabendo eles que ali se encontra apenas seus restos materiais.
Devemos lembrar de nossos entes queridos que já desencarnaram pelos bons momentos que passamos juntos, independentemente de datas ou locais, pedindo proteção àqueles que porventura encontram-se em estágio mais evoluído e, orando por aqueles que ainda não encontraram seu local, lembrando sempre que a lembrança e o chamamento de forma desordenada acaba gerando uma angústia e um desespero muito grande àquelas almas que ainda se encontram presas a matéria.
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