Por - Gilberto L. Tomasi
Para darmos os passos iniciais, ainda que tardiamente, ao nosso processo de reforma íntima, sem a qual não chegaremos a lugar nenhum, faz-se necessário uma introspecção, uma auto-análise, para que possamos ver como anda nossa situação moral e espiritual, condição mínina para iniciar esta caminhada.
Ao nos auto-analisarmos, veremos, que ainda nos encontramos como verdadeira pedra bruta que merece ser lapidada para podermos então colocar em prática nossa capacidade intelectual ao encontro da espiritualidade, que nos é colocada de forma clara e objetiva pela Doutrina dos Espíritos. A partir daí, nossa missão será espalhar a luz, a verdade e procurar reunir o que está esparso, perdido e adormecido dentro de nós.
Segundo passo, é estarmos sempre consagrados à nossa capacidade e firmeza de caráter, à nossa moral íntegra que não deve nunca se perder com o nosso dever, sendo sempre um ser que se sobrepõe a si mesmo, que se liberta das baixas influências, se liberta das baixas situações da convivência em grupos, para viver nos outros, isto é, espalhar a luz e fazer mais forte a fraternidade humana.
A Doutrina dos Espíritos nos mostra que devemos morrer para nossos vícios e paixões, devendo nos libertar das influências e das ilusões que não agregam nada em nossa trajetória. O espiritismo nos faz renascer do nosso estado de ignorância e inocência, no amor que fortalece, na verdade que dignifica e na virtude que sublima, para, no cumprimento do nosso dever como cristãos, sacrificar-se pelo próximo e pela humanidade como um todo. São esses os objetivos reais de nossa jornada em busca do renascimento, ou seja, das mudanças necessárias à nossa evolução.
O espírita verdadeiro, é aquele que deve ser mais do que os outros, deve ser mais sábio, mais justo, mais verdadeiro, mais compreensivo, deve ser possuidor de uma moral intelectual e espiritual mais ampla, deve ser um homem superior em todos os sentidos, pois é aquele que já superou o estado puramente humano da evolução e se converteu em mais que humano, pois já percebe que o espírito se sobrepõe à matéria.
Assim sendo, a qualidade soberana do discernimento deve ser a qualificação inicial necessária para o verdadeiro espírita, pois, seria inútil empreender o estudo e as práticas do magistério sem conhecer esta qualidade preliminar e fundamental.
O espiritismo nos ensina a pensar por nós mesmos e a fazer o bem pelo bem, independentemente e acima de qualquer outra consideração, pois só a Luz da Verdade e da Virtude podem encontrar o conhecimento necessário para passar por essa jornada e aspirar a evolução pela mudança dos nossos hábitos e condutas rumo à um estado mais elevado.
Somente poderemos ser considerados verdadeiros espíritas depois de passarmos e superarmos a prova da “morte” terrena e do renascimento.
Primeiro passo é aceitar-se como criatura imperfeita. O espírita tem mania de achar que tem que ser um mártir, q tem que ser exemplo pra tudo. Desculpe Gilberto mas discordo do "aquele que deve ser mais do que os outros". Fico com a definição do E.S.E., de que o verdadeiro espírita é aquele que se esforça para vencer as más tendências e transforma-se moralmente.
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