Por - Gilberto L. Tomasi
A Maioria dos conflitos que afetam o homem acontecem em função dos baixos padrões de comportamento que ele próprio adota em sua jornada terrena.
É comum o homem copiar modelos existentes, que o satisfazem por pouco tempo, sem analisar as possíveis consequencias que esses tipos de comportamentos podem acarretar.
O homem ainda não entendeu a importância necessária do seu progresso e crescimento individual, para que, mais evoluído possa colaborar para o progresso em coletividade.
Ainda se acredita que os próprios erros cometidos são menores do que os erros cometidos pelo semelhante. A grande maioria acha que o tempo age e passa de forma diferente para ele, como se ele fizesse parte de um mundo independente. E, assim agindo acabam por se iludir imaginando que o rigor da lei da consciência irá atingir somente os outros. Por outro lado, o homem ainda se deixa levar pelo orgulho e pelo egoísmo da maioria, sem refletir e analisar o que seja realmente necessário se alcançar.
A Doutrina Espírita, através de mensagens emanadas do mundo espiritual nos dá a certeza de que este é o momento de nós espíritos encarnados, em estágio de evolução começarmos nos desvencilhar de forma verdadeira dos nossos vícios e paixões, procurando buscar outros meios que nos levem a galgar saltos maiores em busca da evolução. Somos orientados constantemente pela espiritualidade para voltarmos nossas energias em busca de uma atividade fraternal que nos leve a praticar a verdadeira caridade, sem a qual não chegaremos a lugar nenhum. Nesse sentido, é importante cultivar alguns ensinamentos do Mestre, como a paciência, não entrando em desespero e nem se deixando levar pela fraqueza, sabendo aguardar a sabedoria do tempo que vence todos os obstáculos.
Não podemos e nem devemos esquecer que assumimos compromissos anteriores à nossa encarnação atual, devendo, pois, caminharmos sem desaminar, sem falsas ilusões, confiando sempre na ajuda divina em busca de valores nobres.
É comum e muito fácil o homem desistir da busca de sua evolução, se deixando levar por momentos de falsos prazeres, tornando-se assim igual aos demais, em suas manifestações inferiores. Esquecemos que os falsos prazeres em relação das paixões descontroladas são conseqüências de atitudes impensadas que irão se transformar em grandes problemas a serem sanados. Uma grande virtude a ser seguida, é aprender a vencer e controlar as más inclinações, as más tendências, procurando seguir em frente vencendo os obstáculos e perseverando no combate às nossas fraquezas.
Comecemos a mudar nossos hábitos e atitudes estejam eles onde estiverem, de forma gradual, começando pelos mais fáceis e, fazendo disso um hábito e um exercício rotineiro. Devemos estar sempre atentos para as oportunidades diárias que nos são oferecidas pela bondade Divina, aproveitando-as, fazendo o bem, por mais insignificante que o ato possa parecer, sem imaginar grandes realizações e, sem esperar recompensas pelas nossas atitudes, haja vista, que maior recompensa que podemos ter é a consciência tranqüila por ter feito a coisa certa. Lembrando sempre que toda ascensão exige muito esforço, enquanto toda queda vai resultar em prejuízo e recomeço.
É necessário muita coragem e muito esforço moral para nos livrarmos da falsa auto-imagem que nos creditamos nos imaginando maiores e melhores aos semelhantes. Porém, a coragem ainda está associada à agressividade dos atos cometidos que nos dão a falsa ilusão de sermos superiores, nos levando a agir de forma ameaçadora, precipitada e violenta, querendo demonstrar força e poder. Isso, no entanto, não passa de grande desequilíbrio emocional de comportamento.
O homem ainda não entendeu que a verdadeira coragem é aquela que lhe dá forças para suportar e enfrentar as provações, agindo de forma cautelosa e racional não deixando que um momento íntimo se transforme em ato destruidor com conseqüências de difícil solução. Aprendamos a vivenciar a coragem como sendo um elo de confiança às nossas próprias resistências, para que não nos deixemos levar pelos baixos sentimentos da raiva e do ódio no momento de agirmos.
A falsa idéia que temos da coragem é o que nos faz a agir de forma descontrolada, quando, deixando de lado a razão agimos impulsionados pela emoção desequilibrada. A verdadeira coragem somente é conquistada e entendida através das sucessivas vivências evolutivas, depois de já termos passados por diversas dificuldades, dores e sofrimentos, os quais nos ensinam a adquirir resistências para suportar as dificuldades encontradas pelo caminho. E, essa coragem adquirida se transforma em força moral para aqueles que não apegam em bens transitórios, se transforma em perseverança quando as situações se apresentam desfavoráveis.
Aqueles que lutam em busca da fé, que se sacrificam em prol do progresso da cultura ou da ciência, que lutam em busca do bem são movidos pela coragem que os anima em seus objetivos em busca da evolução. Quem conquista a coragem em sua plenitude não se sente perseguido, com medo, nem injustiçado, aceita a vida como ela é sempre buscando encontrar o norte de sua reforma íntima sem querer mudar rumo em função das adversidades encontradas. A coragem moral lhes dá as forças necessárias em todas as ocasiões.
Inicialmente, a coragem se manifesta no estado de auto-avaliação das possibilidades que dispomos, deixando de lado a suposta grandeza que acaba por esconder nossas fraquezas morais. A coragem nos trás uma grande força de tranqüilidade e coerência nos impulsionando para frente sem medos.
É preciso muita coragem para ser autêntico, verdadeiro, honesto para deixar de lado a falsidade o orgulho a prepotência a arrogância e, Joana D’Angelis diz que é preciso ser mais corajoso ainda para ser verdadeiramente humilde, para admitir ao menos para si próprio que possui sentimentos negativos
É preciso ser muito corajoso para se comportar de maneira condizente com os bons costumes, para aceitar a dor e o sofrimento com dignidade, para amar e doar sem esperar retorno.
Deveríamos sempre nos espelhar na coragem de Jesus.
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