As enciclopédias
definem o homem como um “animal racional, moral e social, mamífero, bípede,
bímano, capaz de linguagem articulada, que ocupa o primeiro lugar na escala
zoológica; ser humano...”
O momento mais
eloquente do seu processo evolutivo deu-se quando adquiriu a consciência para
discernir o bem do mal, a verdade da impostura, o certo do errado.
Pitágoras
afirmava que o homem é a medida de todas as coisas, enquanto Sócrates elucidava
ser o objeto mais direto da preocupação filosófica.
Sócrates e
Platão estabeleceram que o homem era o resultado do ser ou Espírito imortal e
do não ser ou sua matéria que, unidos, lhe facultavam o processo de evolução.
O homem é o
único animal ético existente. Para adquirir a condição de uma consciência ética
é convidado a desafios contínuos, graças aos quais discerne o bem do mal, o
belo do feio, o lógico do absurdo.
A
fim de lograr o domínio desses legítimos valores, aplica outra das suas
características essenciais, que é o de ser um animal biossocial. A vida de
relação com os demais indivíduos é-lhe essencial ao progresso ético. Isolado,
asselvaja-se ou entrega-se a uma submissão indiferente, perniciosa.
Diversos caminhos, porém, deverá ele percorrer para que a
autoconsciência lhe descortine as aquisições éticas indispensáveis: a afirmação
de si mesmo, a introspecção, o amadurecimento psicológico e a autovalorização
entre outros...
Discute-se muito, na atualidade, a questão das conquistas éticas e
morais, intentando-se explicar que a falta de sentimento e de amor responde
pelos desatinos que aturdem a sociedade.
Somente uma
atitude saudável e uma emoção equilibrada, sem vestígios de ódio, podem conduzir-nos
para o bem, o êxito, a felicidade.
A introspecção ajuda-o, por ser o processo de conduzir a atenção para
dentro, para a análise das possibilidades íntimas, para a reflexão do conteúdo
emocional e a meditação que lhe desenvolva as forças latentes.
A experiência do amor é essencial, pois que, somente através dele se
rompem as couraças do ego, do primitivismo, predominante ainda em a natureza
humana.
As ações humanistas são o passo que desvela a consciência ética no
indivíduo que já não se contenta com a experiência do prazer pessoal, egoísta,
dando-se conta das necessidades que lhe vigem em volta, aguardando a sua
contribuição. Nesse sentido, a sua humanidade se dilata, por perceber que a
felicidade é um estado de bem-estar que se irradia, alcançando outros
indivíduos ao invés de recolher-se em detrimento do próximo. Qual uma luz,
expande-se em todas as direções, sem perder a plenitude do centro de onde se
agiganta. Amplia-se-lhe, desta forma, o senso da responsabilidade pela vida em
todas as suas expressões, tornando-o um ser humano ético, que é agente do
progresso, das edificações beneficentes e culturais.
A consciência ética é a conquista da iluminação, da lucidez
intelecto-moral, do dever solidário e humano.
Texto adaptado do livro: O homem integral – psicografado por Divaldo
Franco – Joana de Angelis (autora espiritual)